O Brasil vive um momento em que a tradição ibérica está sendo substituída por um modelo anglo-saxão. Embora ainda precise ser concluído, o novo modelo é menos viciado do que o padrão patrimonialista herdado dos colonizadores, e encerra uma linha ideológica composta pelo capitalismo predatório e pela utopia comunista e seus diversos sucedâneos socialistas.
O laissez-faire adotado pelo capitalismo norte-americano e seus seguidores demonstra que os interesses humanos sucumbiram ante um modelo onde a única ação importante é acumular capital, ainda que tal comportamento imponha danos aos indivíduos e ao ambiente, modelo no qual governo e sociedade ficaram em lados opostos nas últimas décadas.
No que diz respeito ao comunismo, temos falsas promessas e vícios, como a violência associada ao marxismo, em diferentes períodos e variadas latitudes. Em um suposto neo-socialismo, cuja principal fonte é Gramsci, encontram-se os mesmos vícios do surrado materialismo dialético, travestidos de uma aura libertária nunca confirmada na prática.
Nesse contexto, o social cristianismo surge como uma via plausível. É um modelo no qual o cristianismo é professado sem neuroses e preconceitos, e no qual a fé em Deus serve de inspiração para o cotidiano e de alimento para as lutas.
Na doutrina social-cristã, propugna-se pela distribuição equitativa das riquezas e pela preponderância da vida humana sobre qualquer outro tipo de interesse. No socialismo cristão, o Estado existe para servir o indivíduo, e não para oprimí-lo. O Estado e os governos devem promover a paz e a justiça, que são anseios de todos os homens.
O Partido Social Cristão é um partido que sabe como promover esses conceitos de paz, justiça, distribuição de riquezas e preponderância do ser humano. O partido professa essa doutrina desde o seu advento, em 1985, e, por isso, sabe, melhor do que qualquer outra agremiação, defender os interesses da pessoa humana. O Partido Social Cristão sabe fazer e, sob as bênçãos divinas, fará.
Vítor Nósseis
Presidente Nacional do PSC
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